Qual a melhor opção para pavimentar as ruas dos condomínios?
Se existe um tema pouco discutido em condomínios é a pavimentação usada nas ruas e garagens. Afinal, qual é o tipo de pavimentação mais barato? E o mais durável? O paralelepípedo ainda traz charme às ruas dos residenciais? Qual a melhor solução para condomínios de empresas?
Os quatro tipos de pavimento mais utilizados são o asfalto, o concreto, o paralelepípedo e uma pisograma. Esta última opção é usada normalmente em garagens em alguns condomínios residenciais, mas menos frequente que os outros três.
O concreto próprio para ser usado em ruas é a opção mais durável. Há algumas rodovias que já o utilizam, como o Rodoanel, em São Paulo. O problema deste material é o alto custo – o maior entre as opções – e o tempo para ser colocado em uma rua, maior do que o asfalto.
Por isso, geralmente é deixado de lado por empreiteiras no ato da construção ou dos moradores na hora de aprovar um orçamento.
“Para condomínios residenciais, o uso do concreto não é indicado, pelo custo. Nestes, não há tráfego intenso de caminhões e ônibus, por isso o asfalto comum é uma opção mais interessante. Nos condomínios comerciais, ocorre o inverso. É melhor investir no concreto, por causa da durabilidade”, afirma o arquiteto Samir El Banate, do escritório AE Projetos, de Campinas (SP).
Asfalto
De longe a opção mais utilizada nos condomínios, o asfalto é um material com bom custo-benefício. O preço depende do projeto, pois é calculada a quantidade de camadas que deve ser aplicada de acordo com o tráfego e o peso dos veículos. Quanto maior o volume de tráfego, mais camadas devem ser colocadas, e o preço é maior.
Existe a opção de usar um novo tipo de asfalto, que contém em sua composição 20% de borracha de pneus triturados. Além de ser mais barato, este material contém a chancela de ser “verde”, ou seja, polui menos o meio ambiente do que o tradicional, já que evita a queima de pneus usados. Outro ponto a favor é o preço menor.
Charme
O paralelepípedo era muito utilizado nas ruas das cidades quando os carros não eram o meio de transporte mais popular. Por isso as poucas ruas que ainda são pavimentadas com ele são tidas como charmosas e tradicionais. Segundo o engenheiro civil Jefferson Fussi, da empresa de terraplanagem Fussiterra, a grande vantagem é a durabilidade do material.
“Não é possível determinar a durabilidade dos paralelepípedos. Além de serem muito resistentes, ainda têm a vantagem da manutenção e de poderem ser retirados quando é necessária uma obra subterrânea. Terminada a obra, coloca-se os blocos de volta, sem problemas. Isso não é possível com o asfalto e o concreto”, afirma.
O lado negativo do material é o fato de ser artesanal. Por isso é difícil comprá-lo em quantidade suficiente para pavimentar um condomínio. Além disso, a aderência dele é inferior às outras opções, tornando difícil e perigoso o tráfego quando a rua é muito inclinada – ou mesmo em inclinações médias com chuva.
Responsabilidade
Vale lembrar que a responsabilidade pela pavimentação do condomínio não é da prefeitura. Por ser uma área fechada e particular, o poder público não tem o dever de intervir.
Fonte: Licita Mais